quarta-feira, 25 de maio de 2011

Limitações do CD e Sons Ultrassônicos no Vinil.


Nesse gráfico, introduzi uma batida num prato de bateria do Nick Mason, extraída de "Eclipse". Percebe-se claramente as limitações do sistema de gravação da Abbey Road da época, em que há um corte em torno de 20~22kHz (Pico da onda em roxo claro), mas repare bem que parece haver uma espécie de "extensão" desse limite (Aqui representado em roxo escuro) acima de 20~22kHz acompanhando fielmente todo o formato da onda. É uma coloração ultra-sônica natural que tem origem no princípio da intermodulação transiente e que só pode ser atribuída ao comportamento do "mundo" analógico. Isso não existe no "mundo" digital. Se eu "ripar" (Extrair) a mesma música de um CD (Que é limitado a 22.050Hz de acordo com o Teorema de Nyquist por causa da taxa de amostragem de 44.100 amostras por segundo), não haverá absolutamente nada ali, mesmo que eu tente interpolar o sinal para alcançar as 64.000 amostras por segundo, que usei nessa masterização (32kHz). E o motivo é simples: Não existe algoritmo de interpolação que preveja intermodulação transiente. Até porque isso consumiria um processamento muito grande para recriar todos os múltiplos formantes indefinidamente para as altas-freqüências. Agora sobram perguntas: 1. Certo, nós não ouvimos essas altas freqüências. Mas será que não as percebemos de outra forma e por isso sentimos tão melhor ouvindo analógico do que digital, além do cansaço auditivo causado pelo "fatiamento" causado pela quantização? 2. Como será o comportamento dessa intermodulação transiente proveniente da fita magnética? Fonte: Especialista em digitalização e análise de espectros analógicos. Software: Wavelab 6.